30 de junho de 2017

Roger Cipó exibe registros inédito no Instituto Pretos Novos



Exposição fotográfica revela as relações de afeto nos terreiros de Candomblé


Será inaugurada no dia 08 de Julho, sábado, às 16 horas, a exposição ATO, de Roger Cipó, curadoria de Marco Antonio Teobaldo, na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea. Em sua primeira exposição individual, o fotógrafo volta toda a sua atenção para as relações de afeto constituídas dentro dos terreiros de Candomblé, a partir de sua experiência como iniciado na religião.

Depois de percorrer dezenas de terreiros no estado de São Paulo, Cipó foca sua pesquisa no  Asè Iya G'unté, localizado em Juquitiba, onde percorreu pelas rotinas mais comuns de seus adeptos, até às mais complexas. As imagens reveladas apresentam a interação dos fiéis entre si, como uma família ao redor de suas obrigações, e, durante as cerimônias, quando os orixás manifestam seu afeto por meio de seus sacerdotes.

De acordo com o artista, mais que um registro documental sobre um aspecto específico do Candomblé, o trabalho reitera a importância das relações interpessoais como forma de resistência da cultura afro-brasileira. O resultado da mostra se amplifica quando exibida sobre o sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, dentro da programação do festival de fotografia FotoRio.

A Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea tem acolhido dentro de sua programação diversas temáticas de exposições de Artes Visuais, realizadas por artistas contemporâneos do Rio de Janeiro e de outras localidades. A partir de pesquisa realizada pelo curador do espaço, Marco Antonio Teobaldo, os artistas convidados apresentam livremente suas propostas, tendo como ponto de partida as suas percepções acerca do ambiente expositivo e a importante história que ele abriga. Esta experiência tem superado expectativas e trazido excelentes resultados, que se refletem na crescente visitação que o espaço  vem recebendo, desde a sua inauguração e o Prêmio Ações Locais, concedido pela prefeitura.

Clique para página do evento e mais informações



Ficha técnica:
fotografia: Roger Cipó
curadoria: Marco Antonio Teobaldo
coordenação geral: Merced Guimarães dos Anjos
impressão: Estúdio Print
produção: Quimera Empreendimentos Culturais
parceria: FotoRio
realização: IPN

Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea
abertura: 08 de Julho de 2017 - 16h
visitação:  11 de Julho a a 02 de Setembro de 2017
terça à sexta (13h às 19h) e sábado (10h às 13h)
GRÁTIS

Rua Pedro Ernesto, 32 - Gamboa - Rio de Janeiro - fone: (21) 2516-7089
e-mail: pretosnovos@pretosnovos.com.br     -     instagram: @institutopretosnovos

Assessoria de Imprensa
Quimera Empreendimentos Culturais
f(21)98015-4444 - quimera.rio@gmail.com



28 de junho de 2017

Em memória a Mãe Beata, Nova Iguaçu institui Dia de Combate a Intolerância




Mãe Beata de Yemoja - Fonte: O Globo

No último maio, o Brasil ficou orfão com a passagem de Beatriz Moreira Costa, a Mãe Beata de Yemoja. Naquela manhã fria de sábado, o povo de terreiro silenciou com os atabaques e os orixás do candomblé anunciaram o nascimento da vida ancestral de uma das sacerdotisas mais importantes da história. Foi também naquele dia que todo o bairro de Miguel Couto, na baixada fluminense (RJ), chorou a morte da sua ilustre moradora, que ali fundou, há 32 anos, o Ile Omi Oju Aro, e que em 2015 foi premiado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pela preservação da herança e tradição afro-brasileira.

Em memória e respeito ao seu legado, a Câmara de Nova Iguaçu (RJ) instituiu o Dia Municipal de Luta contra a Intolerância e Preconceito, a ser lembrado todo 27/05, dia da morte física de Mãe Beata. A notícia foi dada por publicação na página de Adailton Moreira, filho carnal e Babá Egbé do Ile Omi Oju Aro.




Cópia do documento publicado por Adailton Moreira, Babá Egbé 

Iyalorisá, escritora, militante dos direitos humanos e presidente da Ong Criola, Mãe Beata lutou incansávelmente pela dignidade dos povos de matriz africana, do movimento negro e periférico, e pelas mulheres. 

Para o povo de terreiro, a sacerdotisa abençoada por Yemoja e Esù vive em seu quilombo-terreiro. Vive na tradição que se perpetua, na luta contra o racismo religioso, no toque de cada atabaque, nos avanços das mulheres negras, em cada punho cerrado que se levanta por direitos de existir.

Clique Aqui e relembre uma das respostas mais lindas de Mãe Beata sobre o que é Candomblé, para Lazaro Ramos. 


Viva a história de Beatriz Moreira Costa! 
Mãe Beata, Presente!