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Mãe Beata de Yemoja - Fonte: O Globo |
No último maio, o Brasil ficou orfão com a passagem de Beatriz Moreira Costa, a Mãe Beata de Yemoja. Naquela manhã fria de sábado, o povo de terreiro silenciou com os atabaques e os orixás do candomblé anunciaram o nascimento da vida ancestral de uma das sacerdotisas mais importantes da história. Foi também naquele dia que todo o bairro de Miguel Couto, na baixada fluminense (RJ), chorou a morte da sua ilustre moradora, que ali fundou, há 32 anos, o Ile Omi Oju Aro, e que em 2015 foi premiado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pela preservação da herança e tradição afro-brasileira.
Em memória e respeito ao seu legado, a Câmara de Nova Iguaçu (RJ) instituiu o Dia Municipal de Luta contra a Intolerância e Preconceito, a ser lembrado todo 27/05, dia da morte física de Mãe Beata. A notícia foi dada por publicação na página de Adailton Moreira, filho carnal e Babá Egbé do Ile Omi Oju Aro.
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Cópia do documento publicado por Adailton Moreira, Babá Egbé |
Iyalorisá, escritora, militante dos direitos humanos e presidente da Ong Criola, Mãe Beata lutou incansávelmente pela dignidade dos povos de matriz africana, do movimento negro e periférico, e pelas mulheres.
Para o povo de terreiro, a sacerdotisa abençoada por Yemoja e Esù vive em seu quilombo-terreiro. Vive na tradição que se perpetua, na luta contra o racismo religioso, no toque de cada atabaque, nos avanços das mulheres negras, em cada punho cerrado que se levanta por direitos de existir.
Clique Aqui e relembre uma das respostas mais lindas de Mãe Beata sobre o que é Candomblé, para Lazaro Ramos.
Viva a história de Beatriz Moreira Costa!
Mãe Beata, Presente!
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