"Sabe-se que os antigos nem seu nome gostavam de chamar
Era algo de Respeito acompanhado de um Temor que ninguém queria conhecer Seu nome nunca o traz sozinho,
Ele senhor da Terra, dessa Terra que tudo come
Traz o outro mundo no nome
O mundo daqueles que se foram, mas não foram com fome
Há quem diga que por traz de suas palhas
Há uma beleza que não se espalha
Esconde em si todos os raios do Sol
Um calor que aquece, queima, mas não falha
Nasce da Terra como a vida que se restitui, todos os dias
Nasce da terra por magia que se aflora
Nasce do estourar de Pipoca
Pipocando em flores tudo aquilo antes doente, dementeSenhor de dança quente, de brilho reluzente
Quase que cega quem mente...
Há quem diga que seu nome é tão mistério quanto é sua dança,
Mas não se cansa, Cura em Amor, Cura na Guerra quando empunha sua Lança
E lança pelo mundo para germinar as nossas andanças, nunca é só lembrança...
É vida que guarda a outra vida com sorte
É caminho que protela e acaricia a morte"
[Foto: Olubajé - Egbe Iyá G'unté 2014 - Roger Cipó © Olhar de um Cipó - Todos os Direitos Reservados / All Copyrights Reserved]
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