19 de agosto de 2015

Dia Internacional da Fotografia e Meu Encontro com o Axé


Hoje, 19/08, comemora-se o Dia Internacional da Fotografia.
Embora tenha tido bons professores, orientadores e inspiradores para a minha carreira profissional, sempre associo a minha atuação à gratidão eterna aos Orixá, pelos caminhos trilhados até aqui.
Há um ano, escrevi esse pensamento e compartilho novamente: 


Minha chegada no Candomblé coincidiu com a descoberta particular pelo Mundo da Fotografia. Se o Amor pela Fotografia floresceu fácil, por outro lado, o Amor pelo Candomblé foi o que chamo de "pagar a língua".
 Sim, fui do tipo que criticava, atravessa rua pra não esbarrar com 'macumbeiro', e falava... falava muito, sem saber de nada.

Acontece que com o tempo e vivência, a religião dos Orixás se tornou prioridade apaixonante, um universo que me acolheu, despertou um Amor e Fé jamais sentidos. Um verdadeiro encontro ancestral que, dia após dia, me toma de Emoção e devoção por tudo que há de sagrado em minha história. Foi o candomblé que me ensinou sobre quem eu era de verdade. Candomblé se tornou meu Ponto de Paz, e eu já estava do outro lado do jogo. Do lado de cá, me perguntava os porquês de uma religiosidade tão linda e completa, ser brutalmente discriminada, apedrejada... E violentada, em todos os sentidos, por uma sociedade cruel e desinformada. Por que somos cruéis, ao ponto de "satanizar" Deuses, Reis, Rainhas, seres Divinos que, com seus encantos e magias, agraciam e protegem seus descendentes numa terra de tanto descaso? Por quê? Por que eu não acordei antes? E por que eu vestir os olhos do opressor por tanto tempo? Quando, na realidade, eu só estava oprimindo a força que vive em mim.

Foi ai que percebi que a arma estava em minhas mãos.  E logo, fui pra Guerra! Juntei o Amor pela Religiosidade com a Paixão em mostrar os pontos de vistas a partir de imagens e passei a compartilhar com o mundo toda emoção e belezas que a presença de Orixá nos possibilita. E assim vou! Certo da opinião de que "Se todos vissem quão rico o candomblé é, a falta de respeito seria menor, a violência e preconceito, se tornariam respeito e submissão", sigo fazendo a minha parte. Com os pés no chão, olhos atentos para eternizar momentos, ou simplesmente me emocionar com a Beleza e Humildade que Orixá compartilha ao sair pra dançar ou acariciar um filho seu.

Peço ao meu Orixá que nunca me desampare nessa luta. Me dê condições e atenção para contar o que vejo e, quem sabe, inspirar que mais pessoas mudem de opinião e se permitam apaixonar pela religião mais linda que o mundo pode criar. A Oxalá, eu agradeço  por  me abrir os olhos a tempo.

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