28 de julho de 2015

Esbravejou no Bravun



Bravo no Bravun o Deus Cobra esbraveja seu dom de transformar tudo,
Esbravejou no Bravun todas as suas vontades de estancar o veneno das línguas de maldade. Bravo, e com razão, gritou seu brado com final em guizo
Pra cima do cabra que pensou que o Deus era Cobra cega e que não sentia o ácido das peles mal trocadas, travestidas em maldade em coração esguiçado em crueldade, sem antídoto de fé No Bravun descarrerado, Descravou e serpenteou todo o salão com mãos firmes atentas ao compasso do movimento de quem pensou enganar a Serpente que de tudo se esquiva. Balançou, fingiu não ver, não ouvir, não sentir cheiro Sim fingiu-se de cego e Pulou!
Bote certeiro, Pego pela canela, subiu, envolveu, enrolou-se toda e esmagou a Maldade... Aperto o ser de poucos ossos, que agonizou com motivo até que todo seu veneno de mal querer expelissem pelos poros mais finos e transmutou seu líquidos em lágrimas, suor e lágrimas menos nocivas para que o universo seja olhado com menos olhares falsos, com mais movimentos certeiros e com vida de botes honestos...
E ele esbravejou mais uma vez, saudou as cores do mundo, mirou o horizonte, e no mesmo Bravun ascendeu para o fim do arco-íris.


Roger Cipó © Olhar de um Cipó - Todos os Direitos Reservados / All Copyrights Reserved

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